Mais uma incursão de um grupo europeu em terras andinas. Neste caso do lado argentino. O investimento partiu do tradicional grupo familiar espanhol Codorníu, que iniciou suas atividades vitivinícolas ainda no século XVI. E pelo jeito, na Argentina, também não vieram para brincar. Qual o nome desse empreendimento? Bodega Septima. Tudo começou, em 1999, com a aquisição de 306 hectares em Luján de Cuyo, província de Mendoza. Atualmente a produção dos vinhos é de responsabilidade do enólogo mendocino Rubén Calvo. O estranho, porém, em relação a garrafa do Septimo Dia Malbec, comprada na Argentina, é que não encontrei nenhuma referência desse rótulo junto à importadora no Brasil (Interfood), nem mesmo junto ao site do produtor. O vinho, segundo informações do contra-rótulo, teve uma tiragem limitada de 14.500 garrafas. Mas, pelo jeito os espanhóis não estão muito preocupados em informar os seus consumidores, na própria sala de imprensa do website, a última novidade data de janeiro de 2006! Não sei porque deixam essa área no site. Apesar do pouco caso com o consumidor, a qualidade do vinho compensa. Nessa linha dos argentinos degustados recentemente achei esse Malbec superior ao Ruca Malen. De cor violácea muito concentrada, o Septimo Dia apresentou um aroma intenso e persistente lembrando frutas negras maduras como figo e ameixa, envoltas por notas de chocolate ao leite e uma baunilha bem integrada. A boca é potente, com uma textura cremosa e boa acidez. Apesar de sua juventude, os taninos de boa qualidade já mostram uma certa maciez. Fim de boca caloroso e persistente, com um delicioso toque frutado.
O rótulo encontrado no Brasil que mais se aproxima, nessa faixa de preço, é o Septima Reserva.
Grad. Alcoólica: 14,5%
Preço: 34 pesos (não encontrei aqui no Brasil)
Importadora: Interfood